segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Atendendo à pedidos...

...o artigo redigido por mim e publicado no Blog Apaixonados por Papel no ano passado, na íntegra.
 
Boa leitura!
 

Muito mais do que preservar memórias através de materiais específicos e técnicas adequadas, o Scrapbook e seu universo, nos transforma!
Há quem diga que as regras estão aí para serem seguidas. Outros preferem seguir a tendência, a moda, um estilo, as referências com que cada um parece mais se agradar. Tudo bem, cada um opta por aquilo que prefere, mas quer saber?... Experimente soltar-se das amarras, desprender-se do obrigatório, seguir um caminho muito mais cheio de sentimentos e emoções, do que àqueles que nos faz sentir contrariado e sem autenticidade... Parece mais leve, não acha?
Pois bem, foi exatamente o que escolhi fazer depois de muito pensar no que redigir para vocês neste artigo. Eu partiria pelo histórico do Scrapbook, pelas regras ou técnicas a serem seguidas, sobre modelos, mas parei tudo exatamente no momento em que percebi que seria algo contrário a mim mesma... Um texto sem autenticidade não seria eu, prefiro palavras soltas e permeadas de emoções, sim... as minhas!
Vivo um momento de mudanças e reflexões analíticas tão profundas em várias vertentes da vida, que me descubro em uma fase muito mais simplista do que pareço ser. Não me tornei leviana, longe disso, sou seletiva e criteriosa, é fato! Mas, de tudo que tenho analisado – e confesso: minha cabeça não para – descobri que o melhor a fazer sempre é respirar e inspirar-se... Transformar o que pensamos, sentimos e vemos, em arte.
Tá certo que tenho o privilégio de poder escolher respirar este mundo. Minha formação é outra, mas a vida me reservou dons que eu desconhecia até então e porque mesmo vou fingir não perceber o que está ao meu alcance não é?
A questão é que mesmo ainda tendo muito o quê aprender, hoje, em momentos oportunos, posso ensinar e isso é cíclico como a vida.
Em cada aula que participo, seja como aluna ou como professora, aprendo e ensino e, quanto mais faço mais me reabasteço, por isso meus olhos e ouvidos estão sempre atentos a aprender ao máximo! Ainda que muitas dessas lições eu traga para casa e as entenda apenas mais tarde, quando o meu alto grau de adrenalina me permita discernir as coisas, afinal a euforia habita em mim! Rs... mas é assim que tenho feito.
Brincadeiras à parte, o discurso até agora parece bem treinado, filosófico, mas não está nem perto de atingir o objetivo do artigo... ou talvez até esteja, mas não tão claramente para quem o lê e até o momento procura entender o que todo esse blá blá blá tem haver com Scrapbook.
Explico: o que escolhi descrever hoje vai ao encontro do que tenho praticado em meus dias. Assim como na vida tudo parece fluir mais fácil, iluminado e colorido, quando nos soltamos das amarras. No Scrapbook não é diferente, tenha certeza! No início, e até por característica de minha personalidade, eu achava que devia obrigatoriamente seguir regras exatas para conseguir fazer um projeto bacana. Fosse uma página de álbum, um mini álbum ou uma peça decorativa (scrap décor), eu limitadamente seguia por um caminho que me privava de inovar, de inventar, de construir um trabalho muito mais artístico e belo, afinal Scrapbook é arte, é essência, é alma.
E dando os devidos créditos à autora da frase para um carimbo – Ju Tonin - que eu concordo em absoluto, eu diria mais “Scrapbooking é arte, paixão e vício”.
Quer mais prova disso do que reviver o momento registrado através de uma foto? Foto esta que, teoricamente é a base de nosso trabalho. Digo, teoricamente, porque a foto pode ser um dos elementos de partida para um projeto, mas além dela tudo pode nos inspirar. Uma música, um filme, um tema, um cheiro, uma cor, uma frase, uma embalagem, uma propaganda, a natureza, uma viagem, uma data importante, o amor, as emoções e certamente faltariam páginas para citar opções aqui. Pois aí está o ponto chave do artigo... INSPIRAÇÃO, tão necessária para fazer arte quanto a descoberta pelo valor às pequenas coisas que a vida nos oferece diariamente.
Quando você muda a sua ótica para a vida, percebe que automaticamente tudo se transforma em Scrapbook. Tudo que toca nossas emoções e nos remete a um momento vivido, nos conduz a querer resgatar essas memórias e registrá-las ali, descompromissadamente em meio àquelas folhas coloridas ou nem tanto, contendo elementos decorativos livres de ácido, em destaque para àquilo que comumente nos move... Emoções, das mais singelas, as mais intensas e sem parecer que vivo no “Mundo de Alice” – aquela do País das Maravilhas – insisto em afirmar que em tempos de conflitos, impunidades e banalização dos valores, da moral e dos bons costumes, ainda é possível enxergar uma vida prazerosa. Acredite! É muito mais fácil e recompensador escolher ver as coisas desta forma, por mais que por alguns momentos, pareça difícil escolher um caminho para se viver.
Busque inspiração você também e reflita o quanto a nossa vida já é um grande Álbum de Scrapbook, onde escrevemos nossa história, seja ela de vitórias ou fracassos. O quanto recortamos daqui e colamos ali para compor uma página bonita e caprichada. O quanto costuramos, carimbamos, rasgamos, sobrepomos, jogamos tintas ou fazemos texturas em tentativas incansáveis de mudar o nosso plano de fundo. Se não buscamos colocar uma fita banana ou uma cola relevo para destacar a tal da felicidade que nunca temos a certeza de onde está. E ainda, quando achamos que já sabemos de tudo e que aquela página ficou pronta... Rs Ah! tá... Surpresa! Você sempre vai encontrar um elemento novo para colar ali no cantinho, porque é ser humano, bicho insatisfeito e insaciável que sempre vai achar que poderia ter feito mais...
Por hoje, encerro este artigo aqui, mas volto qualquer hora dessas para compartilhar dicas com vocês e citar caminhos que sigo na hora da elaboração de meus Projetos de Scrapbook. Não vou definir periodicidade, exatamente para ficar livre das amarras. Mas, sinceramente, espero que a leitura deste primeiro artigo atinja pontos de reflexão para vocês, assim como têm sido a vida pra mim.
 
Beijokas estaladas,
Gi Bueno

 

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